Bioparque Pantanal identifica espécies de peixes nas línguas brasileira e indígena de sinais

Postado por: Guilherme Souza Castro

O Bioparque Pantanal, referência em pesquisa e conservação da biodiversidade, desenvolve uma iniciativa inédita ao identificar espécies de peixes utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e línguas de sinais indígenas.

O que é Ictiolinguística em Línguas de Sinais?
Trata-se de uma área interdisciplinar que une a ictiologia — ciência que estuda os peixes — à linguística, com foco específico nas línguas de sinais. A Ictiolinguística em Línguas de Sinais investiga como comunidades surdas, incluindo povos indígenas, criam sinais visuais para nomear, classificar e comunicar informações sobre peixes e outras espécies aquáticas. O estudo respeita e valoriza os saberes tradicionais, os contextos ambientais e as especificidades culturais dessas comunidades.

O termo “Ictiolinguística” foi cunhado pela equipe do Núcleo de Pesquisas Tecnológicas (NUPTEC), sob coordenação da diretora do Bioparque Pantanal, Maria Fernanda Balestieri Mariano de Souza. A palavra é formada pela junção de “ictio” (do grego ichthys, que significa “peixe”) e “linguística” (estudo das línguas). A ideia central é compreender como os peixes são nomeados e representados visualmente por diferentes línguas de sinais.

A pesquisa conta com a participação da professora Shirley Vilhalva, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), pesquisadora surda e idealizadora do sinal oficial para “Ictiolinguística”. A coordenação de acessibilidade é liderada pela professora Beatriz Marques Lunardi, do Bioparque Pantanal.

O projeto reforça o compromisso do Bioparque com a inclusão, a ciência e a valorização dos saberes diversos — promovendo o diálogo entre ciência, cultura e acessibilidade.

 

Assista o vídeo do Jornal Hoje, de 12/05/2025

https://globoplay.globo.com/v/13592052/